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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

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Amargura

El'Condor de Oliveira

Eis que chega outra manhã, um raio de sol lhe fere
morro lentamente perdido de amor, parece que o mundo me esqueceu
e uma fera indomável me chicoteia com chibatadas da solidão
pois foi mais uma noite de amargura, fiquei embriagado de pavor
vi nascer a aurora suado e vazio o coração acelerava de dor.
Os espinhos da rosa me furava, ela que na aridez me desconsola
fazendo de mim, meu carrasco nas noites chorosas de amargura
me prendendo na liberdade, pois ela não voa mais
por que suas asas foram quebradas na quentura da solidão e da amargura
querendo voar no sonho acordado mais nem andar conseguia
por que o coração não esvoaçava ferido, ele é só saudade
sangrando pede pra ilusão acabar
na dor da amargura rompe o grito do silêncio
querendo ser da morena amada um pequeno espaço
na dimensão da sua flor mais nessa amargura
não passo de uma lagarta, apesar da manhã linda e ensolarada.
Perdido de amargura uma voz, ouvi meu nome
na escuridão do pensamento vi o brilho do teu rosto
sem saber se era miragem ou não
jurava que a campainha tocou, que ouvi o som dos teus passos
que tua sombra me abraçou foi só uma ilusão
para completar a amargura na porta você não estava
e meu coração explodiu vazio
meu corpo assombrado arrepiou e mais amargurado ficou
por ter se enganado, só no escuro vejo
que sem teu amor vou morrer, por que morena
só você mudará meu destino.
Luto pra te esquecer mais tudo é vão e inútil
pois só penso em você
não me deixa morrer nessa amargura, por que o desejo, a paixão e o amor
nunca irá morrer no meu coração
é que teu corpo me segue contemplado de saudade
mesmo que me vejo na amargura
apesar de ter errado não me condeno, pois te amo
se meu erro trouxe o desencanto e me encheu de amargura
não poderei fugir das noites eternas e escuras
sem tua imagem, sem tua voz, pois no fundo algo me diz
que há uma chance pra nós.
Vislumbrado com teu lindo corpo, andei por terras áridas
travei uma guerra com meu coração
que amargurado pensou em desistir mais vai dia e vem noite
vai noite e vem dia me assombro com o medo
de repente perco todo ele e cavo no fundo do ser uma escotilha
para fugir da solidão e da amargura
mesmo meus sonhos sendo pesadelos e que os anjos escuros
me conduz a morrer na solidão, sinto que o coração é uma troia
queimando de amargura dilacerado por teu desprezo
mais sei te esperar e assim vou jogando na sorte
mesmo nesta escuridão que plantou
estou desarmado de ressentimentos mais a amargura tomou conta
por saber rosa morena que finge que esqueceu de mim
sei que posso ver renascer a flor, a flor-mais-perfeita-do-amor
que esta flor pode em mim, residir e viver meu coração de amor.
Basta me tirar dessa escuridão, deixar me embriagar no teu sorriso
e adocicar a minha amargura
arrancando o fel que fere minha língua calando ainda mais minha voz
como posso esquecer você se respiro teu corpo
não me condeno por te querer, pois não foi por acaso
que surgiu na minha vida, assim nasceu o desejo, paixão e amor
nos meu sonhos desvairados queimei a solidão
com teu corpo junto ao meu e como sabe tenho um pedacinho dele,
um moreno vestido de branco vindo de um pesqueiro
não sou nenhum ingrato, com ele cometo travessuras
querendo apagar a amargura e no toque das mãos
vou ao delírio e te amo e por um momento o coração não chora
esquecendo a amargura e a solidão por que vê o teu sorriso
nos encantamentos do prazer
diz flor morena como te esquecer, se sem querer bagunçou meu coração.
Vem morena acaba esta amargura, dei-me o teu sorriso
não posso te esquecer, pois teus seios vivem nas minhas mãos
vem tira-me dessa amargura, sei que não te mereço
mais me perdi no teu encanto
mesmo nadando no mar bravio tenho teu corpo na minha mão
e vai ecoando nas ondas uma saudade de mói
que nasceu com o desejo, que virou uma louca paixão
que desabou no amor, que virou amargura
que sem cura sangrou meu coração
mais guardo em segredo a tua candura, as tuas curvaturas enlaçadas num branco
do qual naufrago a minha amargura e gozo versos sem rimas
com palavras masturbadas nos calafrios da noite escura
e nos prantos da solidão que com o vento entra e fica
me amargurando ainda mais na embriaguez dessa dor infernal
e na droga da solidão
fujo dela com teu corpo na minha mão e depois agonizo por ser apenas uma foto
de um corpo moreno vestido de branco.

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