Postagens populares

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Eu e o verbo


Eu e o verbo

El'Condor de Oliveira

Eu ri o teu riso
quando o sonho se realizava.
Eu comi a tua voz
engoli teu hálito
quando me encantava.
Eu gosto de respirar o teu ar
quando ele passa
levando o cheiro do teu perfume.
Eu sei te amar
mesmo quando passa
e finge não me ver.
Eu rio.
Eu como.
Eu engulo.
Eu gosto.
Eu respiro.
Eu amo.
Eu num rio de lágrimas.
Eu como a porção do nada.
Eu engulo teu hálito.
Eu gosto de tudo em você.
Eu respiro a vontade de te ver.
Eu amo, rio, como, engulo
gosto, respiro, amo
o desejo de estar com você.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Aluado


Aluado

El'Condor de Oliveira

A lua vai clareando os espaços vazios
refletindo com sua beleza
a quentura refletida do sol,
enquanto o menino aluado lhe aponta
enamorado com sua claridade
aponta o pequenino dedo encantado.
O tempo passa a lua some
vem a escuridão e seus monstros
entre eles, o lobisomem assustador
o menino cresce dentro do seu quarto
a lua renasce clareando a vastidão.
O menino segue aluado na púbere idade
e no escondido da lua vai se descobrindo
aluado descobre que o escuro
passa a ser o lugar propício
para aluar seu pensar em forma de sentimento.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Na banguela do Brasil


Na banguela do Brasil
El'Condor de Oliveira

É coisa que não se explica
Vem muito dante d'eu nascer
É tão muito misteriosa
Razão faz gente mudo ser
Racional inteligência
Evolução darwiana a ver.

O ser nascendo pendente
Da guarida pra ganhar pão
Sofre por ser muito fraco
Darwin não explicou tal ação
Nem mesmo Adão no seu barro
Filosofia da decepção.

Gerou Hércules um mito
Ser forte e de rara beleza
Gerou também eu que choro
E sorridente com certeza
Banguela boca murchada
Suga mama cheia de leveza.

Glândula pura e saudável
Esse branco que me deu vida
Vindo de uma mulher magra
Seio farto pra fluir a comida
Néctar líquido sustenta
Dando saúde a recém-nascida.

Leite jorrando vai o nascido
Ganhando o peso da evolução
Trauma primeiro é guarda
Néctar descendo pela sucção
Leite que nunca acabará
Sem dente ri de contentação.

Mãe dá peito ao ser amado
Para crescer forte e saudável
De bucho cheio vai crescendo
Mãe não nega mama leitável
Depois dorme meu pequeno
No leito deste colo afável.

Como passe de mágica
Uma coceirinha danada
Chorosa, doentinha, mole
De súbito, fica zangada
A tristeza de muita dor
Os dois sofrem, mãe desolada.

Bebê casadinho e mole
Não percebeu seu filho doente
Achou que bebê quer denga
Não entendeu primeiro dente
Capenga de primeira viagem
Ele rasgou gengiva ardente.

Fenômeno espetacular
Filosofia não explica, ciência
Rasga nervura gengival
Dente nasce choroso urgência
Descomunal dor de inferno
Mãe zelosa acode em gerência.

Nu veio Adão lá no paraíso
Pó filosofal barrento
Precisa chorar ao nascer
O dente nasceu hoje relento
Evolução longo riso
Arcada doída, mãe lamento.

Darwin espécies estudou
Não sei, se da arcada dentária
Subespécies nada narrou
Vida humana refratária
Nada da espécie gabiru
Sina classe hereditária.

Entrei nela cria emergente
Cresci no seu ventre fecundo
Gabiru classe mais baixa
Filho fruto do amor profundo
Pequenina semente grão
Mãe chorou, gemeu vim ao mundo.

Ela disse pra que viesse
Evoluiu na vida de gente
Para que fosse no mundo
Num dia futuro meu presente
Que desfizesse na morte
Desta dura infância carente.

Há passo lento evoluindo
Dente nascido, pronto andar
A vida de criança que flui
Feliz no tempo comandar
Passar mundos, sonhos risos
Na evolução ter que viajar.

Passar, sofrer pelo embargo
Tropeça carne bem fraquinha
Apesar do riso solto
Pega pedras de caminha
Espinhos soltos azedos
Lutando por cuia de farinha.

sábado, 24 de novembro de 2012

Encruzilhada


Encruzilhada

El'Condor de Oliveira

Na noite escura pensamentos vadios
de uma mente vazia de pudor
mas encruzilhada de jeito e trejeito
e despedido da pureza da alma.
Arranco suspiro da minha própria carne
embriagado no desejo de me encontrar
mas despudorado do encanto do meu eu
que se perdeu em algum lugar do universo.
Sigo perambulando na noite
como um gato solitário no telhado
fugindo do rato da imaginação
que me enche de medo e cólera
dessa encruzilhada cercada de flor e espinho.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Grito


Grito

El'Condor de Oliveira

No meu silêncio
as minhas vísceras vazias
tremiam sem parar
em grito da ardida dor.
Calei-me no silêncio doentio
preservando a carne do pensar
gritei o grito da sangrenta dor.
No meu silêncio
tudo se calou
no amargo grito de sofrimento
a minha voz soluçante
cantou músicas sem acordes
meus lábios tremiam sofredor
gritei o gritei do coração.
As lágrimas do bocejo surgiram
da insônia que tudo causou
gritei o grito do meu orgulho ferido.
Sem explicação tudo segue
minhas vísceras tremendo
no grito ardente
no grito sangrento
no grito do coração
no grito do orgulho.
A dor invadiu mi'alma
e deixou meu corpo dolorido.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

A tempestade


A tempestade

El'Condor de Oliveira

Eram relâmpagos e trovões
eram ventos em vendavais
eram gotas formando enxurradas
das gotas orvalhadas dos meus olhos.
Foram relâmpagos e trovões
foram ventos e vendavais
foram gotas formando enxurradas
das gotas orvalhadas
que dos meus olhos caem.
São relâmpagos e trovões
são ventos e vendavais
são gotas represadas
na amargura dos meus olhos
que faz um rio transbordar.
É a tempestade no cálice
borbulhando de sangue
nas paredes do coração.

Amigo sol


Amigo sol

El'Condor de Oliveira

Não sei se está zangado
de uns tempos pra cá fugiu
e quando aparece queima a alma
não sei amigo sol
se quer me chorar
sei que a lua apareceu
olhei no semblante dela
mais nada falou comigo.
Amigo sol tenho pensado
sabe que tua quentura
faz meus olhos chover
mais quando não aparece
fico a pensar na lua
que surge na escuridão
mais carrega vão pensamentos
andar na claridade
não significa mais nada
e perambular pela escuridão
em busca do reflexo da lua
apenas machuca a existência.
Amigo sol se amanhã voltar
não esqueça de me avisar
para que em vez de chuva
meus olhos possam sorrir.

A saga















A saga

El'Condor de Oliveira

Um nome, um ser, um povo
Um menino guerreiro
Nova luta na guerra
Num sumo canavieiro
No tal reino português
Suado caldo negreiro.

Uma gente tão séria
Mais nenhuma riqueza
Um povo muito pobre
Diante de uma nobreza
Sem cobre o povo seguia
Vivendo na pobreza.

Eis que nasce o menino
Um pequeno valente
Nesse felino mundo
Nessa terra carente
Os familiares mortos
Era ele diferente.
Nesse mundo desigual
Assim foi ele crescendo
A fetal vida pobre
Que desaparecendo
Por letal carabina
Viu sua raça morrendo.

Na pele que sangrava
Um tiro, muitos cortes
Mais não parava a vida
Mais teve muitas sortes
Foi lavada de sangue
Numa terra de mortes.

De uma gente que sofria
Ia nascendo a história
Mais morria aquele povo
Nesse solo da inglória
Crescendo aquela criança
Pensando na vitória.

O menino não soube
Do começo sangrento
Que sua família morreu
Que por um rei birrento
Dono da terra que nascia
Nasceu tanto lamento.

Tudo lá no seco sertão
Na serra da barriga
No meio de tanta luta
E também muita intriga
Que irmão nosso nasceu
No meio de dura briga.

A criança arrebatada
Ela ilesa saiu dali
Adotada por padre
E passou a morar ali
Orfanada na igreja
Leva vida de rali.

Do padre protegido
Sendo dele afilhado
Constrangido muito foi
Até sendo pilhado
Discriminado também
O corpo desfolhado.

Passando o tempo aprendeu
A linguagem do latim
Logo também compreendeu
Outra disciplina afim
Matemática entendeu
E a vida ele levou assim.

Crescido o rapaz fugiu
Por um sertão perdido
Sumiu naquela terra
Depois de ter partido
Quando uma serra viu ele
E valeu ter seguido.

Era uma terra sombria
Passou vários canaviais
Vida de cor coberta
Com muitas casas tribais
Que toda carne rangia
Nos chicotes canibais.

Cortes profundos n'alma
Era a saga do abuso
Calma a vida não tinha
Era muito confuso
Embolava do trauma
Poder do povo luso.

Corria pelo tal ouro
Também pela tal cana
Vivia vida de doido
Por açúcar sacana
Tirava o couro dele
Pra o luso ser bacana.

Não tem família o rapaz
Uma ele logo adotou
Demonstrando sua força
Na batalha não abortou
Por que sagaz muito foi
Um cargo também dotou.

Senzala da dor pura
Chicote da crueldade
Cultura desumana
Discriminalidade
Cura de castigo e fé
Dessa tal insanidade.

E virou fortaleza
Tornando-se guerreiro
Um homem que planeja
Ser puro e verdadeiro
Muita destreza e força
Usou punho certeiro.

Lá bem no alto da serra
Onde a vida acontecia
Era um lote de solo
A fuga permanecia
Emperra liberdade
Ele mais luta tecia.

O luso era sacana
Era grande a tentação
Por que cana era tudo
Na forçada produção
Mais ali irmana tudo
Com força no coração.

Dali tudo tirava
Sendo plantado colhia
Escambo isso virava
Na troca o luso escolhia
Quilombo não parava
O escravo nunca acolhia.

A guerra não convencia
Por luta desigual
O escravo morria sempre
Era fenomenal
A guerra sempre vence
Na luta descomunal.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

-->
Amargura

El'Condor de Oliveira

Eis que chega outra manhã, um raio de sol lhe fere
morro lentamente perdido de amor, parece que o mundo me esqueceu
e uma fera indomável me chicoteia com chibatadas da solidão
pois foi mais uma noite de amargura, fiquei embriagado de pavor
vi nascer a aurora suado e vazio o coração acelerava de dor.
Os espinhos da rosa me furava, ela que na aridez me desconsola
fazendo de mim, meu carrasco nas noites chorosas de amargura
me prendendo na liberdade, pois ela não voa mais
por que suas asas foram quebradas na quentura da solidão e da amargura
querendo voar no sonho acordado mais nem andar conseguia
por que o coração não esvoaçava ferido, ele é só saudade
sangrando pede pra ilusão acabar
na dor da amargura rompe o grito do silêncio
querendo ser da morena amada um pequeno espaço
na dimensão da sua flor mais nessa amargura
não passo de uma lagarta, apesar da manhã linda e ensolarada.
Perdido de amargura uma voz, ouvi meu nome
na escuridão do pensamento vi o brilho do teu rosto
sem saber se era miragem ou não
jurava que a campainha tocou, que ouvi o som dos teus passos
que tua sombra me abraçou foi só uma ilusão
para completar a amargura na porta você não estava
e meu coração explodiu vazio
meu corpo assombrado arrepiou e mais amargurado ficou
por ter se enganado, só no escuro vejo
que sem teu amor vou morrer, por que morena
só você mudará meu destino.
Luto pra te esquecer mais tudo é vão e inútil
pois só penso em você
não me deixa morrer nessa amargura, por que o desejo, a paixão e o amor
nunca irá morrer no meu coração
é que teu corpo me segue contemplado de saudade
mesmo que me vejo na amargura
apesar de ter errado não me condeno, pois te amo
se meu erro trouxe o desencanto e me encheu de amargura
não poderei fugir das noites eternas e escuras
sem tua imagem, sem tua voz, pois no fundo algo me diz
que há uma chance pra nós.
Vislumbrado com teu lindo corpo, andei por terras áridas
travei uma guerra com meu coração
que amargurado pensou em desistir mais vai dia e vem noite
vai noite e vem dia me assombro com o medo
de repente perco todo ele e cavo no fundo do ser uma escotilha
para fugir da solidão e da amargura
mesmo meus sonhos sendo pesadelos e que os anjos escuros
me conduz a morrer na solidão, sinto que o coração é uma troia
queimando de amargura dilacerado por teu desprezo
mais sei te esperar e assim vou jogando na sorte
mesmo nesta escuridão que plantou
estou desarmado de ressentimentos mais a amargura tomou conta
por saber rosa morena que finge que esqueceu de mim
sei que posso ver renascer a flor, a flor-mais-perfeita-do-amor
que esta flor pode em mim, residir e viver meu coração de amor.
Basta me tirar dessa escuridão, deixar me embriagar no teu sorriso
e adocicar a minha amargura
arrancando o fel que fere minha língua calando ainda mais minha voz
como posso esquecer você se respiro teu corpo
não me condeno por te querer, pois não foi por acaso
que surgiu na minha vida, assim nasceu o desejo, paixão e amor
nos meu sonhos desvairados queimei a solidão
com teu corpo junto ao meu e como sabe tenho um pedacinho dele,
um moreno vestido de branco vindo de um pesqueiro
não sou nenhum ingrato, com ele cometo travessuras
querendo apagar a amargura e no toque das mãos
vou ao delírio e te amo e por um momento o coração não chora
esquecendo a amargura e a solidão por que vê o teu sorriso
nos encantamentos do prazer
diz flor morena como te esquecer, se sem querer bagunçou meu coração.
Vem morena acaba esta amargura, dei-me o teu sorriso
não posso te esquecer, pois teus seios vivem nas minhas mãos
vem tira-me dessa amargura, sei que não te mereço
mais me perdi no teu encanto
mesmo nadando no mar bravio tenho teu corpo na minha mão
e vai ecoando nas ondas uma saudade de mói
que nasceu com o desejo, que virou uma louca paixão
que desabou no amor, que virou amargura
que sem cura sangrou meu coração
mais guardo em segredo a tua candura, as tuas curvaturas enlaçadas num branco
do qual naufrago a minha amargura e gozo versos sem rimas
com palavras masturbadas nos calafrios da noite escura
e nos prantos da solidão que com o vento entra e fica
me amargurando ainda mais na embriaguez dessa dor infernal
e na droga da solidão
fujo dela com teu corpo na minha mão e depois agonizo por ser apenas uma foto
de um corpo moreno vestido de branco.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O cheiro da flor


O cheiro da flor

El'Condor de Oliveira

Como extasiou
o cheiro de suor
que veio da flor
vestida de amarelo
exibindo e exalando
sua formas cobertas
por um pendão preto.

Como encantou
aquele sorriso branco
vindo de uma flor
que liberou seu cheiro
ofegando a imaginação
e cobriu o ar de fartura
da essência da rosa.

E a flor cheirosa
do perfume em suas pétalas
umas pétalas brancas
na tez morena
nasce um sorriso franco
com cheiro enlouquecedor
nascido de seus lábios
de marrom reluzente
que tanto inspira
a ardência da paixão.

Como encanta seu olhar
na candura do cheiro
que vem da sua boca
a incansável sedução
desse cheiro no cangote
inspirando a imaginação.

Como arrebenta com gracejo
este cheiro colorido
vindo do encantamento
de uma rosa perfumada
em versos e estrofes
na rima do aroma sedutor
que segue exalando seu cheiro
nas curvas do pendão
que cobre suas madeixas.

Nela o cheiro do milagre
espalhando suas estampas
nas cores, tamanhos e formatos
mostrando a essência da flor
que encanta no cheiro
que transborda no aroma
que seduz no sorriso
mostrando a sua luz
vinda da planta do espírito
que colocou na flor o cheiro.




























O cheiro da flor

El'Condor de Oliveira

Como extasiou
o cheiro de suor
que veio da flor
vestida de amarelo
exibindo e exalando
sua formas cobertas
por um pendão preto.

Como encantou
aquele sorriso branco
vindo de uma flor
que liberou seu cheiro
ofegando a imaginação
e cobriu o ar de fartura
da essência da rosa.

E a flor cheirosa
do perfume em suas pétalas
umas pétalas brancas
na tez morena
nasce um sorriso franco
com cheiro enlouquecedor
nascido de seus lábios
de marrom reluzente
que tanto inspira
a ardência da paixão.

Como encanta seu olhar
na candura do cheiro
que vem da sua boca
a incansável sedução
desse cheiro no cangote
inspirando a imaginação.

Como arrebenta com gracejo
este cheiro colorido
vindo do encantamento
de uma rosa perfumada
em versos e estrofes
na rima do aroma sedutor
que segue exalando seu cheiro
nas curvas do pendão
que cobre suas madeixas.

Nela o cheiro do milagre
espalhando suas estampas
nas cores, tamanhos e formatos
mostrando a essência da flor
que encanta no cheiro
que transborda no aroma
que seduz no sorriso
mostrando a sua luz
vinda da planta do espírito
que colocou na flor o cheiro.












































O cheiro da flor

El'Condor de Oliveira

Como extasiou
o cheiro de suor
que veio da flor
vestida de amarelo
exibindo e exalando
sua formas cobertas
por um pendão preto.

Como encantou
aquele sorriso branco
vindo de uma flor
que liberou seu cheiro
ofegando a imaginação
e cobriu o ar de fartura
da essência da rosa.

E a flor cheirosa
do perfume em suas pétalas
umas pétalas brancas
na tez morena
nasce um sorriso franco
com cheiro enlouquecedor
nascido de seus lábios
de marrom reluzente
que tanto inspira
a ardência da paixão.

Como encanta seu olhar
na candura do cheiro
que vem da sua boca
a incansável sedução
desse cheiro no cangote
inspirando a imaginação.

Como arrebenta com gracejo
este cheiro colorido
vindo do encantamento
de uma rosa perfumada
em versos e estrofes
na rima do aroma sedutor
que segue exalando seu cheiro
nas curvas do pendão
que cobre suas madeixas.

Nela o cheiro do milagre
espalhando suas estampas
nas cores, tamanhos e formatos
mostrando a essência da flor
que encanta no cheiro
que transborda no aroma
que seduz no sorriso
mostrando a sua luz
vinda da planta do espírito
que colocou na flor o cheiro.





























O cheiro da flor

El'Condor de Oliveira 

Como extasiou
o cheiro de suor
que veio da flor
vestida de amarelo
exibindo e exalando
sua formas cobertas
por um pendão preto.

Como encantou
aquele sorriso branco
vindo de uma flor
que liberou seu cheiro
ofegando a imaginação
e cobriu o ar de fartura
da essência da rosa.

E a flor cheirosa
do perfume em suas pétalas
umas pétalas brancas
na tez morena
nasce um sorriso franco
com cheiro enlouquecedor
nascido de seus lábios
de marrom reluzente
que tanto inspira
a ardência da paixão.

Como encanta seu olhar
na candura do cheiro
que vem da sua boca
a incansável sedução
desse cheiro no cangote
inspirando a imaginação.

Como arrebenta com gracejo
este cheiro colorido
vindo do encantamento
de uma rosa perfumada
em versos e estrofes
na rima do aroma sedutor
que segue exalando seu cheiro
nas curvas do pendão 
que cobre suas madeixas.

Nela o cheiro do milagre
espalhando suas estampas
nas cores, tamanhos e formatos
mostrando a essência da flor
que encanta no cheiro
que transborda no aroma
que seduz no sorriso
mostrando a sua luz
vinda da planta do espírito
que colocou na flor o cheiro.









































O cheiro da flor

El'Condor de Oliveira

Como extasiou
o cheiro de suor
que veio da flor
vestida de amarelo
exibindo e exalando
sua formas cobertas
por um pendão preto.

Como encantou
aquele sorriso branco
vindo de uma flor
que liberou seu cheiro
ofegando a imaginação
e cobriu o ar de fartura
da essência da rosa.

E a flor cheirosa
do perfume em suas pétalas
umas pétalas brancas
na tez morena
nasce um sorriso franco
com cheiro enlouquecedor
nascido de seus lábios
de marrom reluzente
que tanto inspira
a ardência da paixão.

Como encanta seu olhar
na candura do cheiro
que vem da sua boca
a incansável sedução
desse cheiro no cangote
inspirando a imaginação.

Como arrebenta com gracejo
este cheiro colorido
vindo do encantamento
de uma rosa perfumada
em versos e estrofes
na rima do aroma sedutor
que segue exalando seu cheiro
nas curvas do pendão
que cobre suas madeixas.

Nela o cheiro do milagre
espalhando suas estampas
nas cores, tamanhos e formatos
mostrando a essência da flor
que encanta no cheiro
que transborda no aroma
que seduz no sorriso
mostrando a sua luz
vinda da planta do espírito
que colocou na flor o cheiro.









Encantamento

Enquanto meus olhos se perdem
na beleza do mundo natural
vou mentalizando o teu ser
que se perdeu no encantamento.
Vejo no colorido da flor
o teu corpo matizado
teus braços abertos para me abraçar
assim como a abelha vem
toda perfumada de mel
para sugar todo o meu néctar.
O branco dos teus dentes
num sorriso ardente
saindo da tua boca aromatizada
com a candura que vem da natureza
lança-se em mim, e acalanta
fazendo meu coração acelerar
num gozo extremado da tua essência.
Como a orquídea parece voar
nossos corpos entrelaçados voam
perdidos no desejo
deixamos escapar nossas fantasias
no êxtase do sagrado prazer.


Polegar nefasto

El'Condor de Oliveira

A tarde seguia na fritada do sol
o suor escorria dos poros
como sem fossem pequenos regatos
de repente uma cacimba chorosa
foi neste momento
que um polegar nefasto
de uma mão trêmula
apertou um botão sem dó
ele foi ao fundo
e uma bomba explodiu
como se tivesse uma ogiva nuclear.
Foi apenas um clique
de um polegar nefasto
que transformou um mundo colorido
numa rosa de Hiroshima
tudo causado por um clique
de um polegar nefasto.