A
saga
El'Condor
de Oliveira
Um
nome, um ser, um povo
Um
menino guerreiro
Nova
luta na guerra
Num
sumo canavieiro
No
tal reino português
Suado
caldo negreiro.
Uma
gente tão séria
Mais
nenhuma riqueza
Um
povo muito pobre
Diante
de uma nobreza
Sem
cobre o povo seguia
Vivendo
na pobreza.
Eis
que nasce o menino
Um
pequeno valente
Nesse
felino mundo
Nessa
terra carente
Os
familiares mortos
Era
ele diferente.
Nesse
mundo desigual
Assim
foi ele crescendo
A
fetal vida pobre
Que
desaparecendo
Por
letal carabina
Viu
sua raça morrendo.
Na
pele que sangrava
Um
tiro, muitos cortes
Mais
não parava a vida
Mais
teve muitas sortes
Foi
lavada de sangue
Numa
terra de mortes.
De
uma gente que sofria
Ia
nascendo a história
Mais
morria aquele povo
Nesse
solo da inglória
Crescendo
aquela criança
Pensando
na vitória.
O
menino não soube
Do
começo sangrento
Que
sua família morreu
Que
por um rei birrento
Dono
da terra que nascia
Nasceu
tanto lamento.
Tudo
lá no seco sertão
Na
serra da barriga
No
meio de tanta luta
E
também muita intriga
Que
irmão nosso nasceu
No
meio de dura briga.
A
criança arrebatada
Ela
ilesa saiu dali
Adotada
por padre
E
passou a morar ali
Orfanada
na igreja
Leva
vida de rali.
Do
padre protegido
Sendo
dele afilhado
Constrangido
muito foi
Até
sendo pilhado
Discriminado
também
O
corpo desfolhado.
Passando
o tempo aprendeu
A
linguagem do latim
Logo
também compreendeu
Outra
disciplina afim
Matemática
entendeu
E
a vida ele levou assim.
Crescido
o rapaz fugiu
Por
um sertão perdido
Sumiu
naquela terra
Depois
de ter partido
Quando
uma serra viu ele
E
valeu ter seguido.
Era
uma terra sombria
Passou
vários canaviais
Vida
de cor coberta
Com
muitas casas tribais
Que
toda carne rangia
Nos
chicotes canibais.
Cortes
profundos n'alma
Era
a saga do abuso
Calma
a vida não tinha
Era
muito confuso
Embolava
do trauma
Poder
do povo luso.
Corria
pelo tal ouro
Também
pela tal cana
Vivia
vida de doido
Por
açúcar sacana
Tirava
o couro dele
Pra
o luso ser bacana.
Não
tem família o rapaz
Uma
ele logo adotou
Demonstrando
sua força
Na
batalha não abortou
Por
que sagaz muito foi
Um
cargo também dotou.
Senzala
da dor pura
Chicote
da crueldade
Cultura
desumana
Discriminalidade
Cura
de castigo e fé
Dessa
tal insanidade.
E
virou fortaleza
Tornando-se
guerreiro
Um
homem que planeja
Ser
puro e verdadeiro
Muita
destreza e força
Usou
punho certeiro.
Lá
bem no alto da serra
Onde
a vida acontecia
Era
um lote de solo
A
fuga permanecia
Emperra
liberdade
Ele
mais luta tecia.
O
luso era sacana
Era
grande a tentação
Por
que cana era tudo
Na
forçada produção
Mais
ali irmana tudo
Com
força no coração.
Dali
tudo tirava
Sendo
plantado colhia
Escambo
isso virava
Na
troca o luso escolhia
Quilombo
não parava
O
escravo nunca acolhia.
A
guerra não convencia
Por
luta desigual
O
escravo morria sempre
Era
fenomenal
A
guerra sempre vence
Na
luta descomunal.
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